Precisamos urgentemente discutir. Os cristãos estão calados sobre a essência dos indivíduos, apenas assoviando melodias açucaradas, superficiais e inúteis a respeito dos nossos problemas internos.
Temos evitado discussões por medo dos resultados desta atitude. A polêmica resposta da pergunta íntima tornou-se o monstro do qual precisamos correr para longe, não podemos compartilhar com ninguém o que sozinhos não conseguimos resolver nunca. Temos fugido de olhar no olho e declarar nossas opiniões verdadeiras sobre os assuntos que evitamos enfrentar. Temos colocado em baixo do tapete os temas que corroem as nossas emoções e razão. Ninguém fala sobre homossexualidade, sobre a infelicidade das solteiras, sobre as necessidades reais de crianças e adolescentes que ocupam um papel ornamental na estrutura da igreja, ninguém assume a discriminação das mulheres nem tocam na vulnerabilidade sexual dos homens. Nossas emoções e necessidades pessoais não fazem parte do cardápio das conversas públicas. Aqui ou acolá, atrás de arbustos de vergonha, ouvem-se comentários sobre solidão, tristeza, frustração, medo ou dúvida. Ou então, nos armamos par criticar aqueles que, não resistindo ao uso constante da máscara, rasgaram-na e assumiram suas identidades secretas de esposas infelizes, maridos insatisfeitos, adolescentes rejeitados, solteiras carentes, crianças subvalorizadas.
Vive-se na ilusão de crentes super-heróis. No batismo, presumem alguns, cessaram todas as nossas fraquezas, tendências pecaminosas e necessidades emocionais. Mas quando levantamos das águas percebemos que somos ainda deficientes, carentes, medrosos e ainda restam mágoas e lembranças do passado que não conseguimos simplesmente arrancar da memória.
Fé é a solução! Esbravejam os fortes. Mas todo esforço de fé, não consegue curar os dramas reais vividos pelos pobres cristãos cansados de lutar. Você sabe, é assim na vida real.
Cantamos que sempre alegre é o viver do bom cristão, e nos descobrimos péssimos cristãos quando nem sempre somos verdadeiramente alegres.
Nosso consolo é perceber a honestidade da bíblia, lá Jó, Davi, Ana, Sansão, João Batista, Paulo, sofreram, choraram, caíram e quase desistiram a despeito de sua grande fé. Alguns, descreve o autor de Hebreus, morreram sem ver realizados seus sonhos mais ambiciosos. A vida cristã é às vezes frustrante.
E o que fazemos como cristãos sobre isto? Muito pouco. Não cumprimos nossa obrigação social. Somos especialistas em diversos assuntos eclesiásticos, mas esquecemos da dor do outro e disfarçamos a nossa própria dor. Somos enquadrados na denúncia do profeta: E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Jeremias 6:14
Precisamos discutir. A discussão é saudável, é terapêutica. Pornografia, vícios, tendências, frustrações precisam ter espaço nas conversas nos pequenos grupos, nas reuniões administrativas, nos sermões. Precisamos nos expor ou não curaremos a ferida da filha do povo de Deus.
Temos evitado discussões por medo dos resultados desta atitude. A polêmica resposta da pergunta íntima tornou-se o monstro do qual precisamos correr para longe, não podemos compartilhar com ninguém o que sozinhos não conseguimos resolver nunca. Temos fugido de olhar no olho e declarar nossas opiniões verdadeiras sobre os assuntos que evitamos enfrentar. Temos colocado em baixo do tapete os temas que corroem as nossas emoções e razão. Ninguém fala sobre homossexualidade, sobre a infelicidade das solteiras, sobre as necessidades reais de crianças e adolescentes que ocupam um papel ornamental na estrutura da igreja, ninguém assume a discriminação das mulheres nem tocam na vulnerabilidade sexual dos homens. Nossas emoções e necessidades pessoais não fazem parte do cardápio das conversas públicas. Aqui ou acolá, atrás de arbustos de vergonha, ouvem-se comentários sobre solidão, tristeza, frustração, medo ou dúvida. Ou então, nos armamos par criticar aqueles que, não resistindo ao uso constante da máscara, rasgaram-na e assumiram suas identidades secretas de esposas infelizes, maridos insatisfeitos, adolescentes rejeitados, solteiras carentes, crianças subvalorizadas.
Vive-se na ilusão de crentes super-heróis. No batismo, presumem alguns, cessaram todas as nossas fraquezas, tendências pecaminosas e necessidades emocionais. Mas quando levantamos das águas percebemos que somos ainda deficientes, carentes, medrosos e ainda restam mágoas e lembranças do passado que não conseguimos simplesmente arrancar da memória.
Fé é a solução! Esbravejam os fortes. Mas todo esforço de fé, não consegue curar os dramas reais vividos pelos pobres cristãos cansados de lutar. Você sabe, é assim na vida real.
Cantamos que sempre alegre é o viver do bom cristão, e nos descobrimos péssimos cristãos quando nem sempre somos verdadeiramente alegres.
Nosso consolo é perceber a honestidade da bíblia, lá Jó, Davi, Ana, Sansão, João Batista, Paulo, sofreram, choraram, caíram e quase desistiram a despeito de sua grande fé. Alguns, descreve o autor de Hebreus, morreram sem ver realizados seus sonhos mais ambiciosos. A vida cristã é às vezes frustrante.
E o que fazemos como cristãos sobre isto? Muito pouco. Não cumprimos nossa obrigação social. Somos especialistas em diversos assuntos eclesiásticos, mas esquecemos da dor do outro e disfarçamos a nossa própria dor. Somos enquadrados na denúncia do profeta: E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Jeremias 6:14
Precisamos discutir. A discussão é saudável, é terapêutica. Pornografia, vícios, tendências, frustrações precisam ter espaço nas conversas nos pequenos grupos, nas reuniões administrativas, nos sermões. Precisamos nos expor ou não curaremos a ferida da filha do povo de Deus.
"Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis". Tiago 5.16
Confessar, desabafar, se expor, chame do que quiser. Não temos outro grupo para compartilhar nossas tristezas e dissabores. Não freqüentamos clubes, mesas de bar ou alcoólicos anônimos. É na igreja que estamos e lá que precisamos resolver nossas dificuldades. Precisamos discutir.
"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel." (ITm. 5:8)
Confessar, desabafar, se expor, chame do que quiser. Não temos outro grupo para compartilhar nossas tristezas e dissabores. Não freqüentamos clubes, mesas de bar ou alcoólicos anônimos. É na igreja que estamos e lá que precisamos resolver nossas dificuldades. Precisamos discutir.
"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel." (ITm. 5:8)