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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Parabéns aos Bombeiros!

Senhoras e senhores,
queremos nos unir a toda população  que reconhece os valores dos bombeiros, para dizer nosso muito obrigado.
Obrigado pelo incansável esforço de livrar, defender, proteger, apoiar, salvar e tudo mais, feito com bravura por vocês.
Obrigado por não dormir, quando todos estão dormindo, obrigado pela agilidade em chegar primeiro nos locais onde precisam de vocês, obrigado por não desistir dos resgates perigosos.
Prestamos aqui nossa homenagem a vocês  que realizam os sonhos de todas a crianças. Sim porque toda criança quer ser um bombeiro, valentes e destemidos como vocês. Digo melhor, o sonho de qualquer ser humano, é ser um bombeiro. O médico e o professor, ainda sonham em ser como vocês. O comerciante e a enfermeira, no fundo, gostariam de vestir esta farda bonita, subir no caminhão vermelho e espalhar esperança pela cidade.
Já que não podemos todos ser bombeiros, podemos pelo menos declarar nosso orgulho em ter em nossa região, homens e mulheres, heróis de verdade, com quem podemos contar.

Mais uma vez, e sempre que tivermos oportunidade, declaramos nossa gratidão profunda a vocês, bombeiros.

Ele e ela, Super- heróis


 O cinema criou termos para designar a importância dos atores . É uma classificação que estabelece uma hierarquia nos papéis dos participantes de uma obra cinematográfica.
O primeiro deles, e o mais importante é o protagonista. O protagonista é o personagem principal,  o herói.  Ele  luta e vence a luta, ele disputa a garota e fica com ela, ele atira,  acerta e não leva tiros e sempre termina  numa situação confortável.  O mundo  da ficção gira em torno do protagonista.
Logo depois vem o coadjuvante. O ator coadjuvante é responsável por dar suporte ao ator principal, o protagonista.  É um ator secundário, de menor importância.Ele representa alguém que  passa a bola, mas nunca faz o gol. Vai para a guerra, mas não elimina o inimigo principal. Ele apresenta a garota ao amigo, mas o amigo é quem termina com a garota. O coadjuvante existe em função do outro.
Finalmente existe o figurante. O figurante também participa do filme, ele está na cena, veste-se com um figurino e anda de lá para cá, mas  não é percebido. Ele está ali para compor  o cenário, mas não interfere na cena em nada. O figurante é ainda menos importante que o coadjuvante e não passa de um detalhe diante do brilho do  protagonista. Ele  não fala, não reclama, não opina, não decide nada. O figurante é um elemento quase sem importância em um filme.

Na vida real, existem relações que se comparam ao cinema. As escolhas, os traumas, os medos levaram homens e mulheres a desempenharem papéis de protagonistas, coadjuvantes ou meros figurantes.
Numa relação onde o marido ou a esposa, isoladamente, são os astros da casa existe apenas um protagonista. O protagonista do lar impõe as idéias, decide sobre os rumos do relacionamento, exige mudança nos comportamentos, quer que o seu prazer  tenha prioridade e está sempre no foco desta relação.  O protagonista do casamento é sexualmente bem sucedido, afinal ele é o protagonista, e os protagonistas são aqueles que vencem no final.

Já os coadjuvantes da família, recebem os amigos e servem as bandejas, ouvem  os elogios sobre o parceiro ou  parceira e com um sorriso amarelo concordam com o que foi dito. O coadjuvante da relação vive em função do outro. Tudo está bem se o outro está bem. O coadjuvante desiste do sonho profissional para acompanhar  o protagonista da sua vida e, sexualmente   falando, o coadjuvante não tem primazia no prazer, se foi bom para ele ou ela, curte-se a frustração em silêncio.

Eu não deveria perder tempo com os figurantes, afinal não sabemos seus nomes ou endereços. Nas famílias ainda existem alguns. Maridos anônimos e esposas desconhecidas. São indivíduos que nunca aparecem nas festas, nos encontros sociais, nas reuniões de amigos e pior, não parecem em seus próprios casamentos. Eles não têm nome, são conhecidos como  Meu marido, dona encrenca, o chefe, a Patroa. Onde está sua esposa? Ficou com as crianças, é a reposta. Seu marido não veio?  Ele não gosta destes eventos, prefere ficar em casa.  Ninguém conhece o esposo da secretária ou a mulher do simpático porteiro. Desconhecidos, desimportantes, não passam de elementos para compor o cenário conjugal. Não se tem notícia se existe intimidade entre este casal, assim não possível falar em realização sexual.

Gosto de um filme infantil produzido alguns anos atrás: Os incríveis. Uma  animação de Hollywood em que todos os membros da família eram protagonistas.  Juntos eles perdiam e venciam. Lamentavam e comemoravam um ao lado do outro, complementavam seus poderes com o objetivo de atingir seus objetivos. Cada um com sua característica colaborava para o sucesso da família super-poderosa.  

A vida deveria imitar a arte para corrigir alguns desvios reais.  Na relação conjugal, não pode existir figurantes ou coadjuvantes.  Os dois  são heróis, são atores principais do casamento, são parceiros e cúmplices, comparsas e inseparáveis  protagonistas. Os elogios são para o marido e para a esposa. Os dois enfrentam juntos a glória e a derrota. Estão sempre juntos na igreja, nas festas, no restaurante e no prazer. Dependem um do outro e servem um ao outro.  No filme da existência são socialmente úteis, satisfeitos sexualmente, maduros diante das frustrações, colaborativos e gregários. Perdem juntos, ganham juntos, sofrem juntos, gozam juntos.

São, do dia-a-dia,  do palácio ou da palafita, torcedores do Paysandu ou do Vitória, camelôs ou funcionários públicos, tímidos ou extrovertidos, são do interior ou da capital, mas são, devem ser, na relação conjugal, Ele e ela, Super Heróis.