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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Obama, razão e emoção.




É comum ouvir sugestões sobre que sentimento deveria ser usado na hora da tomada de decisões. Os racionais, entendem que a razão deve ser o alicerce para uma escolha equilibrada. Já os que têm a emoção a flor da pele, discordam argumentando que algumas importantes decisões, não abrem espaço para razão, mas o coração deverá ser consultado para a escolha correta.
Todos concordam no entanto, pelo menos no discurso, que devemos ser equilibrados e decidir baseados no balanceamento da razão e da emoção. Mas na prática geralmente não conseguimos agir assim. Se um desconhecido nos pede algo que exige de nós muito esforço racionalizamos e rejeitamos o pedido sem nenhum sentimento de culpa. Mas basta um dos nossos filhos com lágrimas nos olhos nos fazer um pedido de algo difícil que a emoção toma conta de nós e começamos a fazer planos para atender a criança exigente.
Com a política não é diferente. Nos envolvemos com o clima de campanha, somos convencidos pelos guias eleitorais maquiados por publicitários, vamos na onda da multidão e geralmente escolhemos os políticos pelas razões erradas. Somos muito racionais com os adversários dos nossos candidatos e usamos muito a emoção com aqueles que iremos escolher como nossos representantes.
A corrida presidencial nos Estados Unidos foi uma prova disso. Não que já podemos exigir algo do presidente eleito Barack Obama, mas durante a campanha percebia-se quase um culto ao candidato que parecia materializar a esperança de um mundo em crise.
Depois da vitoria, das comemorações, dos festejos surgiram as dúvidas, Questionamentos que deveriam ter aparecido durante a corrida presidencial, surgem atrasados trazendo um sentimento de arrependimento por tanta euforia.
Os religiosos quase messianizaram o jovem candidato especialmente os evangélicos, viram na eleição de Barack, uma vitória do bem sobre o mal. “Durante a campanha era muito comum correligionários usarem palavras como "chamado", "escolhido" e "abençoado" para descrever o político.” Afirma o jornalista Michelson Borges em seu site http://www.criacionismo.com.br/. No entanto, o presidente eleito, que freqüenta uma igreja evangélica desde 1985, demonstra ter um comportamento no mínimo ecumênico frustrando as expectativas dos fãs religiosos. Os jornais americanos noticiaram atitudes supersticiosas do candidato. Ele conduzia durante a eleição uma pequena imagem da Virgem Maria com o menino Jesus, uma águia – que é símbolo dos Estados Unidos – e também uma imagem do Deus-Macaco, uma entidade hindu que representa coragem, esperança, sabedoria e devoção . Já em discurso em uma igreja cristã, Obama disse que “para alguns evangélicos a Bíblia é inerrante” e propõe que isso não é compatível com a realidade.
É possível que alguns já tenham até se arrependido por terem apoiado o Sr. Obama, exatamente porque o sentimento durante o processo foi de pura emoção, ou alguns crêem firmemente que ele será o “salvador da pátria” em crise, baseados na história, contexto político, capacidade de organização administrativa, enfim uma decisão racional.
Mas como cristãos que crêem em um Deus interessado em todos os aspectos da nossa vida, precisamos acrescentar um terceiro item a nosso já não tão fidedigno estoque de emoção e razão: O Espírito Santo.
“E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele.” Isa 30:21
O cientista Marcelo Gleiser adaptou uma frase de Einstein sobre religião e ciência:
“a razão sem emoção é capenga e a emoção sem razão é cega” Então é possível dizer que a razão e a emoção sem o Espírito são órfãs. Ainda que o mais equilibrado dos homens consiga dosar emoção e razão nos momentos em que se deve tomar decisões, não consultar o Consolador em situações de dúvida é no mínimo contradição religiosa. Temos a nossa disposição um Deus que habita em nós, nos guiado os passos, nos falando a mente, nos convencendo de erros e nos firmando os pés nos caminho correto. Rejeitar o Espírito além de estupidez é perigoso.
Que o Espírito Santo guie Obama, que suas dúvidas em alguns textos sagrados não o impeçam de buscar certezas em Deus e que antes de chorar de emoção ou franzir a testa racionalizando busquemos ouvir a voz do Senhor.

Um comentário:

Cláu :-) disse...

Poxa, muito legal o seu perfil. Também trabalho com som, aliás, trabalho numa produtora, mas eu mesma não produzo nada rsrssrsrsrsr