A guerra no Oriente Médio e a crença no dispensacionalismo.

Segundo o dicionário da internet Wikipédia, entre outras coisas, o dispensacionalismo é uma doutrina teológica que defende a ideia de que Deus não substituiu Israel pela igreja no seu programa de salvação. Portanto, promessas do velho Testamento destinadas a nação Israelita irão se cumprir literalmente ainda no futuro. Ainda segundo a doutrina, os dois povos distintos de Deus são Israel e a Igreja.
O apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel, segundo alguns comentaristas políticos, seria também por razões religiosas.
Em março de 2006, em um texto publicado na London Reviw of Books cujo título foi “O lobby de Israel e a Política externa dos Estados Unidos”, os autores John Mearsheimer e Stephen Walt, dois respeitados acadêmicos, afirmaram que cristãos influentes participam ativamente da proteção de Israel por razões puramente religiosas.
“O Lobby também inclui destacados cristãos evangélicos como Gary Bauer, Jerry Falwell, Ralph Reed e Pat Robertson, além de Dick Armey e Tom DeLay, ex-líderes da maioria na Câmara dos Deputados, e todos eles acreditam que o renascimento de Israel é o cumprimento de uma profecia bíblica e apóiam a agenda expansionista de Israel;agir de outro modo, acreditam eles, seria contrariar a vontade de Deus.” Diz o artigo inglês.
De fato, é incomum a relação entre Estados Unidos e Israel. Os ataques israelenses aos palestinos são considerados por todos, incluindo o conselho de segurança da ONU, no mínimo desproporcionais. No entanto os Estadas Unidos , que têm poder de veto no conselho, tem impedido diversas vezes que haja um voto de cessar fogo no conflito do Oriente Médio.
Um outro fato que reforça a teoria, é que várias religiões evangélicas nos Estados Unidos, fazem campanhas na TV em suas congregações para trazer de volta israelenses espalhados pelo mundo para reuni-los Jerusalém. Um exemplo disso é o Final Exodus Project, (Trazendo judeus de volta para Israel) Um programa que trabalha para arrecadar dinheiro para cumprir a Missão de levar o povo de Deus de volta para sua nação. (Church of God World Missions site)
O incoerente é que defender o povo de Deus com mísseis e bombas altamente destrutivas não se harmoniza com o cristianismo, religião defendida por 78,5% da população americana, incluindo o atual Presidente George Bush, conhecido promotor de guerras na região do Oriente Médio.