Pesquisar este blog

terça-feira, 28 de abril de 2009

Você é... (Inspirado no poema homônimo de Max Nunes)

Recheio do meu pastel
Memória do meu PC
O anular dedo do anel
Do meu bolo o glacê

A fronha do travesseiro
Onde eu deito pra dormir
Uma foto de corpo inteiro
Piada que me faz rir

Meu perfume preferido
Bem-me-quer e bem-te-quer
Grudezinho do meu umbido
Você tanta coisa é.

Parabéns Patrícia,
Amo Você.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O negócio


NEGÓCIO s.m. (Do lat. negotium.) 1. Empreendimento comercial, industrial, financeiro. – 2. Transação. 3. Assunto, fato. – 4. Ajuste, questão.

Todo mundo sabe o que é negócio. Mas sabem o que é negócio negócio. A mercearia do Seu Antônio é um negócio, o que fazem na feira do troca-troca são negócios, tomar emprestado uma espingarda é um negócio, perigoso, mas é um negócio. . Mas se o assunto é “negócio qualquer coisa” aí agente tem um mistério a resolver.
Porque as pessoas tomaram emprestada a tal palavra e a empregaram em tudo que é negócio, digo situação.
“Aquele negócio que Maria falou” (negócio história”)
“Aquele negócio que ele pegou lá em casa” (negócio objeto”)
“A tampa traseira da mangueira do negócio” (negócio detalhe)

O negócio se tornou uma espécie de vale tudo linguístico. Você não sabe, não lembra, não faz idéia, usa o negócio.
Problema sério mesmo é quando se associa o negócio a um outro recurso de substituição: a coisa, aí lascou. Quando se quer entrar em detalhes mínimos, a junção das palavras é acionada. É necessária então uma compreensão do asunto tão apurada, tão geral que nem todos os mestrados e doutorados do planeta conseguem preparar o indivíduo para entender tal negócio, digo situação.
“A coisa do negócio tava, assim, coisada.” (A fronha do travesseiro estava assim, rasgada.)
“Ele coisou o negócio com o dente.” ( Ele partiu o cordão com o dente)
“Pega o negócio, aquela coisa, aquele negócio, a coisa em cima da mesa!! (Infelizmente não consegui interpretar esta sentença)

A verdade é que as pessoas utilizam maneiras de se comunicar incríveis. E dentro de um contexto sociolingüístico, surgem termos inacreditáveis, mas que fazem sentido para aquele grupo de falantes. É engraçado, criativo, divertido. São os verdadeiros inventores da língua. Aptos a desembaraçar qualquer negócio, digo situação.
César

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros. Vinha da boca do povo, na língua errada do povo. Língua certa do povo. Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil. Ao passo que nós o que fazemos é macaquear a sintaxe lusíada...”

Manuel Bandeira

Leão do Norte


Estava ouvindo a pouco uma música de lenine intitulada "Leão do norte" pra quem é pernambucano é uma canção e tanto.
Vai a letra aí.

Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou o boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba Ao som da orquestra armorial
Sou CapibaribeNum livro de João Cabral

Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto de Maracatu
Eu sou um alto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira Pra Nova Jerusalém
Sou Luis Gonzaga
E vou dando um cheiro em meu bem

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte

Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pife no meio do Canavial
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O homem da meia-noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão

Eu sou mameluco...

domingo, 19 de abril de 2009

O nada.

Tudo começou com uma idéia: vou produzir a vida. E assim começou o processo criativo mais fantástico do universo.
Primeiro as células, os tecidos, depois o mais difícil: nervos, ossos, pele.
As coisas pareciam milagre, mas não eram, era ele agindo.
Articulações perfeitas, detalhes impressionantes, ele pensou em tudo.
Enquanto isso, em um lugar mais distante dali, a comida dos futuros seres era preparada. Não era qualquer alimento, era um alimento rico em vitaminas e proteínas, adaptado às necessidades que as criaturas teriam. E o sabor, até nisso ele pensou, os alimentos tinham sabor, cor, prazer.
Muito mais distante dali, fora do planeta, o sol era posto na distância certa, a terra inclinada a 23 graus, os planetas organizados pontualmente.
Algo sobrenatural parecia organizar o harmonioso processo de desenvolvimento, mas era apenas a sua atividade inteligente.
De volta aos seres em evolução, os órgãos se tornavam uma realidade. Pulmões, fígados, estômagos.
A cada dia a vida ia se tornando mais complexa. Mais complexa mais e mais complexa. Era ele agindo. Só Ele.
Ele pensou em tudo!
Finalmente, a vida, a existência nasceu. Ele criou.
Viva!Glórias! Louvado seja: O NADA!

Você acredita nisso?
Eu também não.
Sou criacionista.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Matuto apaixonado (Para minha matutinha Patricia)


Quando eu conheci tu, eu nunca que iamginei
Que eu ia gostar tanto do jeito que eu gostei.
Que eu ia me entregar do menor fio de cabelo
Inté a unha do pé. E me dividir contigo, para tu fazer comigo qualquer coisa que quizé.


Fui lá, vim cá, conversei, rodei quiném um peru.
Fiz piada até cantei pra vê se bulia con tu.
E finalmente no dia que tu me disse que sim
Eita nega, eu quase morro de tanta filicidade que tinha dentro de mim.


Quanto mais o tempo passa, mais os entimento aumenta
Parece inté uma fogueira que o coração esquenta
E quem ouve eu prosear, desse jeita atrapalhado
Descobre logo que eu sô
Um matuto sim sinhô, mas que ama e é amado.

domingo, 5 de abril de 2009

Best Brother


Há algum tempo atrás comecei a chamar os amigos de big brother. É claro que não me referia ao reality show da Rede Globo, nem muito menos ao Big Brother de George Orwell, autor da expressão no romance 1984. Referia-me ao sentido óbvio da tradução, que é algo como "irmãozão". Tenho vários Big Brothers, eles foram surgindo ao longo da vida, em um aperto, em uma viagem, na infância. Mas meu Best Brother, não surgiu em um momento. Estava em todos os momentos. Nos apertos, nas viagens, na infância. Daniel, meu irmão, (Diel) é meu Best Brother. Nunca deixou de se preocupar, nunca parou de se meter nas minha broncas e tentar resolvê-las. É um cara generoso, de um coração gigante. Um bom humor inveterado, descontrolado às vezes, mas que chora fácil de tristeza, anda de coração na mão. Meu Best Brother. Você é único. Tenho o grande privilégo de ser seu irmão, seu amigo.

Hoje é o casamento de Diel.

Por isso desejo pra ele uma best esposa, uma best festa e uma best vida ao lado dAquele que é nada mais nada menos que o The Best: Jesus.


Amo você meu irmão.