
NEGÓCIO s.m. (Do lat. negotium.) 1. Empreendimento comercial, industrial, financeiro. – 2. Transação. 3. Assunto, fato. – 4. Ajuste, questão.
Todo mundo sabe o que é negócio. Mas sabem o que é negócio negócio. A mercearia do Seu Antônio é um negócio, o que fazem na feira do troca-troca são negócios, tomar emprestado uma espingarda é um negócio, perigoso, mas é um negócio. . Mas se o assunto é “negócio qualquer coisa” aí agente tem um mistério a resolver.
Porque as pessoas tomaram emprestada a tal palavra e a empregaram em tudo que é negócio, digo situação.
“Aquele negócio que Maria falou” (negócio história”)
“Aquele negócio que ele pegou lá em casa” (negócio objeto”)
“A tampa traseira da mangueira do negócio” (negócio detalhe)
O negócio se tornou uma espécie de vale tudo linguístico. Você não sabe, não lembra, não faz idéia, usa o negócio.
Problema sério mesmo é quando se associa o negócio a um outro recurso de substituição: a coisa, aí lascou. Quando se quer entrar em detalhes mínimos, a junção das palavras é acionada. É necessária então uma compreensão do asunto tão apurada, tão geral que nem todos os mestrados e doutorados do planeta conseguem preparar o indivíduo para entender tal negócio, digo situação.
“A coisa do negócio tava, assim, coisada.” (A fronha do travesseiro estava assim, rasgada.)
“Ele coisou o negócio com o dente.” ( Ele partiu o cordão com o dente)
“Pega o negócio, aquela coisa, aquele negócio, a coisa em cima da mesa!! (Infelizmente não consegui interpretar esta sentença)
A verdade é que as pessoas utilizam maneiras de se comunicar incríveis. E dentro de um contexto sociolingüístico, surgem termos inacreditáveis, mas que fazem sentido para aquele grupo de falantes. É engraçado, criativo, divertido. São os verdadeiros inventores da língua. Aptos a desembaraçar qualquer negócio, digo situação.
Todo mundo sabe o que é negócio. Mas sabem o que é negócio negócio. A mercearia do Seu Antônio é um negócio, o que fazem na feira do troca-troca são negócios, tomar emprestado uma espingarda é um negócio, perigoso, mas é um negócio. . Mas se o assunto é “negócio qualquer coisa” aí agente tem um mistério a resolver.
Porque as pessoas tomaram emprestada a tal palavra e a empregaram em tudo que é negócio, digo situação.
“Aquele negócio que Maria falou” (negócio história”)
“Aquele negócio que ele pegou lá em casa” (negócio objeto”)
“A tampa traseira da mangueira do negócio” (negócio detalhe)
O negócio se tornou uma espécie de vale tudo linguístico. Você não sabe, não lembra, não faz idéia, usa o negócio.
Problema sério mesmo é quando se associa o negócio a um outro recurso de substituição: a coisa, aí lascou. Quando se quer entrar em detalhes mínimos, a junção das palavras é acionada. É necessária então uma compreensão do asunto tão apurada, tão geral que nem todos os mestrados e doutorados do planeta conseguem preparar o indivíduo para entender tal negócio, digo situação.
“A coisa do negócio tava, assim, coisada.” (A fronha do travesseiro estava assim, rasgada.)
“Ele coisou o negócio com o dente.” ( Ele partiu o cordão com o dente)
“Pega o negócio, aquela coisa, aquele negócio, a coisa em cima da mesa!! (Infelizmente não consegui interpretar esta sentença)
A verdade é que as pessoas utilizam maneiras de se comunicar incríveis. E dentro de um contexto sociolingüístico, surgem termos inacreditáveis, mas que fazem sentido para aquele grupo de falantes. É engraçado, criativo, divertido. São os verdadeiros inventores da língua. Aptos a desembaraçar qualquer negócio, digo situação.
César
“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros. Vinha da boca do povo, na língua errada do povo. Língua certa do povo. Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil. Ao passo que nós o que fazemos é macaquear a sintaxe lusíada...”
Manuel Bandeira
“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros. Vinha da boca do povo, na língua errada do povo. Língua certa do povo. Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil. Ao passo que nós o que fazemos é macaquear a sintaxe lusíada...”
Manuel Bandeira
2 comentários:
O texto ficou um negócio arretado... ah... mas vc ainda naum me contou um negócio q ia me contar... conta... xero...
Essa negócio aí, nessa coisa, é muito supimpa, com essas frases aí bem coisadas... (Tradução ---> Esse tal de Blogspot, presente na Internet, faz o maior sucesso e é muito legal, principalente quando vem acompanhado de ótimo texto como esse.)
Postar um comentário