Não há nada nesta vida
Que deixe mais infeliz
O sertanejo que planta,
Semente, broto e raiz.
Do que a falta de chuva
Que molha o seco chão
E traz vida e alegria
Pro homem lá do sertão.
Quando não chove na terra
Pra plantação florescer
Falta riso e alegria
O peito bota pra doer.
A família só lamenta
Pela falta do aguaceiro
Que traz vida traz sustento
Pra todo sertão inteiro.
A estória que eu lhe conto
Nos traz uma grande lição.
De aprendizado, de luta
De choro e de gratidão
Pois o homem que é temente
A Jesus nosso Senhor
Aprende com as desgraças
E a Ele dá louvor.
Seu Francisco de Argemiro
Conhecido como Dão
Tinha uma roça de milho
Plantava também feijão
Possuía umas cabrinhas
Dois bezerros e um animal
e morava numa casinha
pitada de branco cal.
Uma homem temente a Deus
Que todo dia Orava
Pelo filho e filha
Pela mulher suplicava
Que proteção a família
O Bom Deus lhe concedesse
E que por misericórdia
Ninguém lá adoecesse
Naquele ano Francisco
Estava todo contente
Pois a roça prometia
Era tudo diferente
Se chovesse aquele ano
Com certeza compraria
Pro seu filho um presente
O menino desejava
A bicicleta sonhada
Tinha visto na cidade
Toda bela adornada
Na vitrine de uma loja
Tinha pedido ao pai
Papai me dê esse ano
Compre pra mim, compre vai.
O pai sensibilizado
Lhe prometeu o presente
Viu um sorriso no rosto
Do seu filho tão contente
Olhou pro céu e pediu
Pra que Deus Abençoasse
A roça naquele ano
Que a chuva do céu chegasse
Mas o que Dão não sabia
É que na data marcada
Nem chuva e nem garoa
Nem nuvem no céu nem nada
Estava ameaçada
Toda sua plantação
Se a chuva não viesse
Tudo ia ser perdição
E o pobre do garoto
Que todo dia perguntava
Papai e a bicicleta?
Dão quase não agüentava
Ore a Deus meu filhinho
Que sabe o melhor que nós
Era o que Dão Respondia
Chega lhe cortava a voz.
Nada de chuva, nem vento
Que a chuva anunciasse
E a noticia que chegava
É que o povo se preparasse
Que vinha seca das brabas
Como nunca tinha vindo
Que já tinha agricultor
Dando o milho como findo.
Um dia não agüentou
Francisco correu pro mato
E perguntou para Deus
O que é que tinha de fato
Aborrecido o Senhor
Pra Ele não responder
As preces daquele povo
Que estava a padecer.
Foi quando Dão teve a idéia
De com Deus negociar.
Pra ver se o Senhor mudava
A forma de lhe tratar
Pensou então na promessa
que pro filho tinha feito
Lhe comprar a bicicleta
E a Deus orou do peito:
Se o senhor mandar a chuva
E eu colher o meu milho
Vou cumprir minha promessa
Que eu fiz para o meu filho.
Eu lhe entrego meu jumento
O que eu uso pra arar
Ele é seu, de documento
Não volto mais pra buscar.
Esperou algumas horas
E nada nada mudou
Deu em Dão um desespero
E ele a oferta aumentou
Aquelas 8 cabrinhas
vão também na embalagem
fique com elas mas mande
a chuva pra estiagem
O silêncio era o mesmo
Dão então ficou irado
As galinhas a carroça,
as ferramentas e arado
mas Senhor eu lhe suplico
Me manda a chuva chover
Pra eu não ver o meu filho
De tristeza adoecer.
Não estava funcionando
E dão se desesperou
O que o Senhor que eu faça
Dão gritando perguntou
Não me resta quase nada
Que eu possa oferecer
A vida eu lhe entrego
A minha alma meu ser
Foi nesse mesmo instante
Que o céu escureceu
E um trovão estourou
Parecendo o próprio Deus
Anunciava pra Dão
Que a chuva foi mandada
Pra atender o pedido
Do homem que suplicava
E não era o jumento
As galinhas ou o arado
Não tão pouco em sua roça
Deus estava interessado
Deus somente precisava
Que Francisco entendesse
Que era nele, só nele
Que Deus tinha interesse
Assim Deus mandou a chuva
E Francisco entendeu
Deus não gosta de esmola
Que oferece um filho Seu
Deus quer alma, Deus que mente
O corpo, e respiração
Deus que tudo dos seus filhos
A fé e o coração
E você que crê em Deus
Repita o que Dão já fez
Entregue a Deus tudinho
Sem rodeio ou mesquinhez
A vida, e o seu tudo
Que Deus há de enviar
Chuva de Bênção. do céu
Pro seu povo abençoar.
Que deixe mais infeliz
O sertanejo que planta,
Semente, broto e raiz.
Do que a falta de chuva
Que molha o seco chão
E traz vida e alegria
Pro homem lá do sertão.
Quando não chove na terra
Pra plantação florescer
Falta riso e alegria
O peito bota pra doer.
A família só lamenta
Pela falta do aguaceiro
Que traz vida traz sustento
Pra todo sertão inteiro.
A estória que eu lhe conto
Nos traz uma grande lição.
De aprendizado, de luta
De choro e de gratidão
Pois o homem que é temente
A Jesus nosso Senhor
Aprende com as desgraças
E a Ele dá louvor.
Seu Francisco de Argemiro
Conhecido como Dão
Tinha uma roça de milho
Plantava também feijão
Possuía umas cabrinhas
Dois bezerros e um animal
e morava numa casinha
pitada de branco cal.
Uma homem temente a Deus
Que todo dia Orava
Pelo filho e filha
Pela mulher suplicava
Que proteção a família
O Bom Deus lhe concedesse
E que por misericórdia
Ninguém lá adoecesse
Naquele ano Francisco
Estava todo contente
Pois a roça prometia
Era tudo diferente
Se chovesse aquele ano
Com certeza compraria
Pro seu filho um presente
O menino desejava
A bicicleta sonhada
Tinha visto na cidade
Toda bela adornada
Na vitrine de uma loja
Tinha pedido ao pai
Papai me dê esse ano
Compre pra mim, compre vai.
O pai sensibilizado
Lhe prometeu o presente
Viu um sorriso no rosto
Do seu filho tão contente
Olhou pro céu e pediu
Pra que Deus Abençoasse
A roça naquele ano
Que a chuva do céu chegasse
Mas o que Dão não sabia
É que na data marcada
Nem chuva e nem garoa
Nem nuvem no céu nem nada
Estava ameaçada
Toda sua plantação
Se a chuva não viesse
Tudo ia ser perdição
E o pobre do garoto
Que todo dia perguntava
Papai e a bicicleta?
Dão quase não agüentava
Ore a Deus meu filhinho
Que sabe o melhor que nós
Era o que Dão Respondia
Chega lhe cortava a voz.
Nada de chuva, nem vento
Que a chuva anunciasse
E a noticia que chegava
É que o povo se preparasse
Que vinha seca das brabas
Como nunca tinha vindo
Que já tinha agricultor
Dando o milho como findo.
Um dia não agüentou
Francisco correu pro mato
E perguntou para Deus
O que é que tinha de fato
Aborrecido o Senhor
Pra Ele não responder
As preces daquele povo
Que estava a padecer.
Foi quando Dão teve a idéia
De com Deus negociar.
Pra ver se o Senhor mudava
A forma de lhe tratar
Pensou então na promessa
que pro filho tinha feito
Lhe comprar a bicicleta
E a Deus orou do peito:
Se o senhor mandar a chuva
E eu colher o meu milho
Vou cumprir minha promessa
Que eu fiz para o meu filho.
Eu lhe entrego meu jumento
O que eu uso pra arar
Ele é seu, de documento
Não volto mais pra buscar.
Esperou algumas horas
E nada nada mudou
Deu em Dão um desespero
E ele a oferta aumentou
Aquelas 8 cabrinhas
vão também na embalagem
fique com elas mas mande
a chuva pra estiagem
O silêncio era o mesmo
Dão então ficou irado
As galinhas a carroça,
as ferramentas e arado
mas Senhor eu lhe suplico
Me manda a chuva chover
Pra eu não ver o meu filho
De tristeza adoecer.
Não estava funcionando
E dão se desesperou
O que o Senhor que eu faça
Dão gritando perguntou
Não me resta quase nada
Que eu possa oferecer
A vida eu lhe entrego
A minha alma meu ser
Foi nesse mesmo instante
Que o céu escureceu
E um trovão estourou
Parecendo o próprio Deus
Anunciava pra Dão
Que a chuva foi mandada
Pra atender o pedido
Do homem que suplicava
E não era o jumento
As galinhas ou o arado
Não tão pouco em sua roça
Deus estava interessado
Deus somente precisava
Que Francisco entendesse
Que era nele, só nele
Que Deus tinha interesse
Assim Deus mandou a chuva
E Francisco entendeu
Deus não gosta de esmola
Que oferece um filho Seu
Deus quer alma, Deus que mente
O corpo, e respiração
Deus que tudo dos seus filhos
A fé e o coração
E você que crê em Deus
Repita o que Dão já fez
Entregue a Deus tudinho
Sem rodeio ou mesquinhez
A vida, e o seu tudo
Que Deus há de enviar
Chuva de Bênção. do céu
Pro seu povo abençoar.
Um comentário:
Esse texto eu conheço...
Ótimo texto.
Parabéns. Estava inspirado.
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