Aproximava-se o dia do primeiro natal. As pessoas não estavam muito preocupadas com a chagada daquele bebê tão especial, a maioria delas nem sabia que ele nasceria naqueles dias. Mas enquanto o povo não estava nem aí para o nascimento do menino Jesus o céu estava agitadíssimo. Todos tinham algo para fazer. Os anjos estavam reunidos preparando as músicas que apresentariam naquele evento incomparável, enquanto uns afinavam os instrumentos, outros ensaiavam o coro que cantaria para celebrar a chegada do neném mais importante da história. As estrelas estavam todas ocupadas procurando o lugar mais adequado para brilhar quando o rei chegasse. Todos estavam envolvidos com os preparativos para a festa, todos menos alguém, Clarinha. Clarinha era uma pequena estrela que de tão pequena sentia-se inferior as outras. Ela via as grandes estrelas com seu brilho magnífico, com tanta beleza e esplendor e então pensava
– Puxa, eu nunca conseguirei ser como essas grandes estrelas, eu sou tão pequena, nunca brilharei como elas.
As estrelas maiores tentavam convencer Clarinha de que ela era muito importante, de que o seu tamanho não tinha nada a ver com seu valor, mas não adiantava, Clarinha terminou não se envolvendo com os arranjos para o primeiro natal.
Todos haviam saído para fazer algo. Clarinha, como sempre, havia ficado sozinha. De repente algo lhe chamou atenção. Lá de cima, ela olhou e viu um grupo de homens andando de lá para cá, iam para frente, vinham para trás, davam voltas, paravam, pareciam muito confusos. Clarinha ficou curiosa com aquela situação. Ela observou durante muito tempo e decidiu se aproximar mais para tentar descobrir algo sobre aqueles homens atrapalhados. Ao chegar mais perto, Clarinha teve uma surpresa incrível. Aqueles homens que lá de cima pareciam tontos eram na verdade três reis, que vieram lá do Oriente para a festa da chegada de Jesus. Eles estavam perdidos no deserto, pois não conheciam bem o lugar, falavam até em desistir e voltar para o Oriente por não descobrirem o lugar onde nasceria o menino Rei. Clarinha ficou muito preocupada, pois ninguém poderia faltar àquela festa maravilhosa. Tentou chamar alguém para orientar os nobres, mas não havia ninguém lá, todos estavam muito ocupados com os preparativos da festa, pensou no que poderia fazer e teve uma idéia. A princípio teve um pouco de medo, mas alguém precisava ajudar os três ilustres visitantes que vieram para a celebração do natal de Jesus. Ela decidiu ir lá em cima, o mais alto que chegasse e brilhar o máximo que pudesse para tentar chamar a atenção dos três viajantes. E assim ela fez. Voou, voou e quando estava muito além das nuvens começou a se esforçar para brilhar. Clarinha não estava muito acostumada com aquela situação, mas reuniu toda a sua força, como nunca havia feito antes e de repente um brilho especial começou a surgir do corpo de Clarinha e quando ela viu que seu esforço estava dando resultado ela se esforçou mais e mais e quando percebeu, Clarinha começou a iluminar todo céu, a ponto dos anjos e as outras estrelas pararem o que estavam fazendo para olhar aquele brilho imenso. Quando os Reis do Oriente viram aquela claridade enorme no céu, logo descobriram que se tratava do sinal do nascimento do menino Jesus, e seguiram Clarinha até ao local onde estava aquele bebê tão especial. Naquele instante as outras estrelas se aproximaram de Clarinha para parabenizá-la por aquele feito memorável.
Desde aquele dia Clarinha se tornou uma grande estrela no céu, a pesar do seu pequeno tamanho passou a ter nome e sobrenome. Agora ela era chamada por todas as outras estrelas de D´alva, Clara D´alva.
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